sábado, 30 de junho de 2012

Navio mercante afunda no litoral de Fortaleza.

Segundo Centro de Defesa Ambiental, foi verificado um pequeno vazamento de óleo no entorno da embarcação
O navio mercante NM Seawind afundou na noite de ontem, no litoral de Fortaleza, numa profundidade de dez metros. Segundo nota da Capitania dos Portos do Ceará, no início da manhã de ontem, a embarcação, de bandeira do Panamá e nacionalidade búlgara, apresentava apenas a superestrutura e o bico de proa fora d´água. "O Centro de Defesa Ambiental (CDA) observou pequenas quantidades de óleo diesel dentro do perímetro de contenção instalado nas proximidades do navios", diz a nota.

 Por isso, foi formado um Gabinete de Crise, instituído sob a coordenação da Autoridade Marítima e com a participação da Companhia Docas do Ceará, Petrobras, Procuradoria Regional do Trabalho da 7ª Região, Advocacia Geral da União, Polícia Federal, Ibama, Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), Corpo de Bombeiros e Praticagem.

De acordo com o capitão dos Portos do Ceará e Capitão-de-Mar-e-Guerra Adauto Braz da Silva, o gabinete analisará tecnicamente a situação e as possibilidades para novamente o navio flutuar e se minimizar o impacto ambiental.

A Semace informou, ontem, que fará, na manhã de hoje, juntamente com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma vistoria, por meio de um sobrevoo ao local, para verificar as barreiras de contenção e possíveis manchas de vazamento no entorno da embarcação.

 Preocupação
O naufrágio do navio chamou atenção de quem esteve na Praia de Iracema, na manhã de ontem. Moradores do bairro, nas proximidades do calçadão, foram até a areia da praia e no espigão à altura da Rua João Cordeiro para observar o trabalho da Capitania dos Porto. A preocupação geral é se, com o derramamento de óleo, haverá um desastre ecológico. "Temos que saber se o impacto ambiental será grande e o que acontecerá com nosso litoral", afirmou o professor Artur Freitas.

"É um absurdo o que deixaram acontecer. Porque, primeiro, não resolveram o problema do pessoal do navio. Estava aí há um ano até ocorrer isso", questionou, indignado, o estudante João Felipe de Almeida.

Turistas também comentaram o naufrágio. "Sou de São Paulo e estou aqui a trabalho. Aproveitei a folga para tomar banho de mar e foi surpreendido com o problema. Aqui é um paraíso e não pode enfrentar uma situação que poderia ter sido resolvida antes", frisa a engenheira Fátima Diniz Sousa.

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