sábado, 30 de junho de 2012

Areia do Serviluz é retirada para aterramento da Praia de Iracema.

Para realizar o aterramento da Praia de Iracema, está sendo retirada areia da área do Serviluz. Com tratores e caminhões na faixa de praia, o cenário não é dos mais convidativos, mas moradores se dizem beneficiados

Apesar do mar, da areia e da vegetação verde, o cenário não é dos mais convidativos no fim do Serviluz e início da Praia do Futuro. Marcas da passagem constante de caminhões, montes de areia e um caminho feito com piçarra, também para os veículos pesados, deixam a beira da praia com aspecto de obra pesada. O motivo para esse remexido no local é a retirada de areia da praia aos montes, que é levada para a obra de aterramento da Praia de Iracema.


Segundo Amauri Sousa, morador do Serviluz há 32 anos e que observa a obra de perto, são nove caminhões, além dos tratores, que fazem diversas viagens carregados de areia por dia. Para ele, a intervenção é positiva, pois diminui os montes de areia que incomodavam os moradores do local. Ele ainda aponta a possibilidade (e necessidade) de serem pensadas áreas de lazer para a comunidade, assim como mais segurança.

Para Maria de Fátima da Silva, que há 21 anos tem as ruas e o cenário do Serviluz como morada, a retirada da areia da faixa de praia e, consequentemente, da frente das casas, foi um alívio. “Antes a gente acordava com areia, comia com areia, era ruim”, lembra, comentando que as casas eram tomadas, principalmente em época de vento forte.

Por meio de nota, a Secretaria Executiva Regional (SER) II e a Coordenadoria de Projetos Especiais (Cooperii), responsáveis pelo projeto Nova Praia de Iracema, informaram que a retirada da areia do Serviluz para o aterro “passou por todos os estudos ambientais necessários e possui relatório de impacto ambiental, não constando nenhum problema na realização da intervenção”.

No entanto, os órgãos se comprometeram a enviar uma equipe técnica ao local na próxima semana para verificar se o processo está sendo realizado adequadamente. Mais informações técnicas sobre a forma como a retirada é realizada não foram possíveis, pois os técnicos responsáveis estavam impossibilitados de dar entrevista.

Conforme a nota, a retirada beneficia a comunidade, pois diminui a incidência de invasão da areia nas casas, o que é comum e intensificado no período de ventos fortes na Capital. E, segundo a assessoria da SER II, a retirada constante da areia das ruas e casas da área causava um custo superior a R$ 200 mil mensais.

ENTENDA A NOTÍCIA

A faixa de areia da Praia de Iracema está sendo aterrada e o material usado é proveniente da praia do Serviluz. O novo aterro vai do espigão da João Cordeiro até o novo espigão que está sendo construído após a Ponte Metálica.

Saiba mais

Em matéria publicada em fevereiro deste ano, sobre a coloração vermelha do mar da Praia de Iracema, o chefe do distrito de infraestrutura da Secretaria Executiva Regional (SER) II, João Luiz Ramalho, tinha explicado que a areia usada no aterro era tirada do Serviluz porque o grão tinha que ser compatível, para que a praia ficasse consolidada.
 Segundo ele, a intervenção havia sido iniciada em setembro de 2011 e a previsão de finalização era agosto ou setembro deste ano.
 Na Praia de Iracema, o processo de aterro abrange 73 metros, sendo 30 no nível do calçadão e 43 metros inclinados.
 O novo aterro vai do espigão da rua João Cordeiro até o novo espigão que está sendo construído após a Ponte Metálica, conhecida como Ponte Velha.
 A intervenção sofreu manifestações contrárias de moradores da área e surfistas que frequentam o local.
 Assim como aconteceu na Praia de Iracema, a piçarra que dá caminho aos tratores e caminhões coloriu parte do mar de vermelho, que deve sair em alguns dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário